Agostinho da Silva, Vida Conversável, Assírio e Alvim, 2ª edição, 1998, Lisboa
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Cortar a raíz ao pensamento
".../... E eu acho que foi a observação de ver aquilo que penso que os outros entendem se não quando lhes comunico , que levou Descartes a cair naquela coisa ingénua de dizer "eu penso". Ele sabe lá quem pensa? Ele apenas poderia dizer que "se pensa", que existe pensamento. Se é ele que pensa ou se a cabeça dele é apenas uma máquima de transmitir o pensamento que anda no mundo, como as nossas máquinas transmitem os milhares de imagens que andam correndo pelos ares, que foi o ser secreto ou uma caixa de osso que o levou a dizer "eu penso" , quando ele não podia dizer senão, pensa-se, alguém pensa, alguma coisa pensa, o pensamento existe."
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1 comentário:
E, assim sendo, como é que alguém pode reclamar que o pensamento está do seu lado?
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