sábado, fevereiro 17, 2007

Nostalgia na banca dos jornais

Há grande rebuliço na banca de jornais da minha rua. Jornais que mudam de cor, cores que mudam de jornal. Aceno à vendedora de todos os dias. Encolhe os ombros quando vê que não levo nenhum título. Quando chego ao Rossio enfio pela estação de Metro, agarro em dois dos jornais à borla. Na longa escadaria rolante que me leva à Brasileira, e como se diz no jargão jornalês, é com eles que confiro a actualidade. Pouso-os no topo da escadaria rolante, como um serviço cívico. A sua leitura em diagonal (é possível lê-los de outro modo?) permite-me não ficar tão longe do zumbido do mundo. E penso, há quanto tempo não guardo eu um recorte de jornal?

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