domingo, fevereiro 18, 2007
Geniais! Mesmo, mesmo, mesmo, mesmo engraçadinhos!
Depois do serviço público prestado pelo Ricardo Araújo Pereira no último referendo, dispus-me a encarar o fenómeno com bonomia e até mesmo, simpatia. E como estava frio, fiz-me à aventura, sintonizo a 1. O primeiro momento que apanho é com Artur Albarran. Não me entusiasma nada mas sigo. Apanho com aqueles quatro gatos enfarpelados, num formato que pretende ser uma crítica mas que - porque não critica quem quer - fica como uma limitação da abordagem. Um deles deixa cair os papéis. Podia parecer que os deixa cair. Que seria uma crítica. Talvez no café encontre alguém a defender isso mesmo. Mas não, é ele que é mesmo desajeitado, que anda ali aos papéis. O momentozinho da noite são os Tesourinhos deprimentes. Apanharam um cromo, Luis Arriaga, e desancam nele a torto e a direito. O cromo é mesmo um cromo. Não tem repetidos. Faz reportagens dentro de uma arca frigorífica e lá fala, e desfala, de Picasso. Na Passerele vai tentar perceber se o cozinheiro consegue manter a ementa em ordem quando tem de se confrontar visualmente com todo aquele estardalhaço de corpos desnudos. Ou então, telefona para um número de acompanhantes, que é da Amadora e daí tira uma lei geral de que a maioria dos telefones de massagistas, acompanhantes e prostitutas remetem para esconsos lugares da Amadora ou da Reboleira. Só que há duas coisinhas muito importantes que passam despercebidas a tanto miado: primeiro, a forma como abordam o problema da prostituição cola-se com o tipo de comentários pretensamente marialvas que por ali abundam. Para eles a prostituição não é um dos problemas sérios destes aglomerados urbanos. Depois é unicamente um ataque a um homem. Não me parece que haja ali algo mais. Ora se isso é humor eu vou ali e já rio. Faz-me lembrar os cómicos da rua da minha adolescência que viviam de fazerem piadas rindo-se do coxo, do maluquinho, dos velhos ou de alguém que elegiam como o bombo da festa. Enquanto estava a escrever li alto o post a uma cinco pessoas que estavam aqui comigo. Começo a sentir o olhares frios e gélidos. Eu estou a meter-me com quatro grandes portugueses da actualidade. Resolvo então modificar a estratégia. Vou fazer como fazem todos. Rio. Repito vinte vezes pinhal e desato-me a rir. Tenho um best of dos gatos na minha cabeça e consigo por exemplo dizer, uma gaja boa tás a ver, mas boa, boa mesmo boa, não é boa como a boa da tua mãe,
é uma gaja boa, de Ermesinde e abanar a cabeça enquanto digo, geniais! estes gatos são mesmo, mesmo, mas mesmo muito engraçadinhos.
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2 comentários:
Boa tarde, às vezes até lhes acho piada mas sobre a emissão de ontem estou de acordo consigo, embora saiba que não aquece nem arrefece. Acho que tambémm aos gatos se aplica o princípio de Peter que não é o Pan. Triste, triste, triste
Joaquim, todos? olhe que não, olhe que não:-)
neste assunto, tem o meu "olhar quente e caloroso", também vi ontem e pela primeira vez, obliquamente, confesso - não há pachorra para estar apenas frente à tv vendo os 'grandes cómicos' (estes ou o(s) anterior(es)) da nossa terra, sem fazer outra coisa ao mesmo tempo. Só se for para fazer um post como este.
E já agora, rir é tão bom que é um 'desperdício' se não for com vontade, não?
risos de cor amarela só em risos multicolores:-)
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