segunda-feira, março 12, 2007
Caminhos velhos
Ir aos olivais. Ver fotos antigas. As crianças brincam fascinadas. Subo ao terraço do prédio da Rua Cidade de Bolama e dedico-me à imensa vista. Aquelas casas, aqueles prédios tenho-os todos gravados na minha memória. A Damião de Góis, a minha primeira escola, quando aterrei em Lisboa. Não estou particularmente interessado em revivalismos. Aprendi isso ao longo da vida. O passado não existe quando o procuras. Ou só existe enquanto armadilha. Os Olivais interessam-me enquanto presente. Aquelas ruas, aqueles quarteirões, as grandes artérias separando o bairro em metades de uma laranja, interessam-me enuanto futuro.
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2 comentários:
Eu também gosto de ir aos Olivais...
Parece-me que viajamos quase sempre ao passado em busca de futuro. Descobrimos que mesmo quando queremos regressar as coisas têm um tamanho diferente do que quando em pequenos. Mas é uma sorte poder regressar à rua em que se nasceu mesmo que ela seja já outra, gostaria de o poder fazer um dia, mesmo correndo o risco de a perder como a guardo. Revivalismo deve ser outra coisa, não este sentimento de mergulhar nas nossas raízes como quem se olha para um encontro. Afinal como mais adiante, na Cova da Moura.
~CC~
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