segunda-feira, março 05, 2007

O efeito Paulo Portas

Acabou a hora do recreio. Vem aí o maior demagogo que a política engendrou no pós vinte e cinco de abril. A dissolução política que caracteriza a actuação da liderança do PSD é um perigo acrescido. A contestação popular ao governo, quer na área da saúde, quer na área da educação, poderá parecer outro perigo. E se assim for, esse poderá parecer será um perigo de monta. É que o mimetismo tradicional da política poderá fazer pensar, erroneamente, que a demagogia compensa. No reino da política partidária, aquilo que na vida quotidiana parece ser do mais elementar bom senso - ou seja opôr esclarecimento, informação, consensualidade, à demagogia - surge as mais das vezes como um delírio irrealista. É esse o efeito mais temível da participação de Paulo Portas na política: criar à sua volta um lastro de demagogia tal que o legitime como Grande Demagogo.

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