Chorrilho diário de insultos dirigidos a uma cadela chegam-me pela janela. Uma vizinha com voz de velha insuportável, ofende, com pequenas pausas, um animal que não vejo mas que imagino também velho, incontinente de esfíncteres, sedento de festas e com um cheiro nauseabundo a cão cansado.
Hoje foi assim a missa das 17:
Que grande merda palavra de honra. Já não tem por onde se lhe pegue. Cadela porca. Estafermo de bicho. Tá quieta pá. Sai daí Lady sai daí. Desaparece do pé de mim, eu já nem te vejo. Só fazes é mal. Vai-te emboraa.
Se a cadela morre é o desgosto da velha.
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