domingo, maio 06, 2007
Tortura e morte
No Canal História vejo um documentário sobre a luta entre o Juíz Garzón e o velho ditador Pinochet. Os depoimentos sobre a tortura. Uma mulher a quem obrigaram durante três meses a estar num espaço minúsculo, sem se lavar, com o odor do seu sangue, das expulsões cíclicas do seu sangue, com as marcas das agressões, os paus na vagina, os golpes de karaté nas costas, e a dizer que tudo o que a fazia sofrer mais era a violência psiquíca, a tortura da mente. Como naquele dia em que a obrigaram a assitir à tortura e assassínio, a golpes de corrente, de um companheiro de cela, um rapaz novo, vigoroso - que tornou a tortura mais demorada, mais violenta . Um empresário amigo de Pinochet mostra-se consternado com o que aconteceu ao seu velho amigo, para ele são coisas que se passaram à mais de trinta anos e que foram feitas segundo o juízo legítimo de eliminação do comunismo. Penso no país do meu amigo. A grande batalha da conciliação nacional é juntar vitimas e carrascos numa mesma evidência histórica. Penso em Bernard Henri -Levy que agora lançou a Vertigem americana. Eu não sei o que tudo isto significa, as mortes que importamos, exportamos. Ou melhor, o que sei não me satisfaz.
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1 comentário:
sou uma das 5 online; não passei a tarde ao desafio porque cantar ao desafio requer 2 pessoas e tu não estavas aí, como agora
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