sábado, agosto 04, 2007
Máquinas de Poesia e Luz
Há no CCB um pequeno tesouro, organizado em torno das actividades para crianças e jovens. É lá que está a exposição máquinas de poesia e luz, onde maquinismos surpreendentes criam meninas presas nos lagos, homens do tempo, cafeteiras, grutas, ursos de fogo-malagueta, e tudo o mais que o pensamento associativo é capaz de criar. Também passeámos pela cidade. Ao sair do CCB ouvi o ruído do comboio, faz-me sonhar o matraquear das locomotivas nos carris, e desafiei o meu artista para um passeio á beira mar. Fomos jantar ao Tamariz. A sós. Andámos pelo paredão, deitámo-nos na areia da praia, planeámos que passaríamos a incluir na bagagem da mochila de todos os dias um fato de banho e uma toalha, e derretemos-nos com um gelado enquanto olhava, eu, um trio de raparigas com risinhos e olhares atrevidos para um trio de acrobatas do paredão, que corriam e davam mortais encorpados para a areia, ele, o trio de ginastas estilosos, isto até que num ai se levanta e corre para o paredão para ele próprio dar saltos para a areia. Quer inventar-se mas aí eu coloco-lhe limites. A única acrobacia que - e mesmo assim a medo - lhe permito é correr e fechar os olhos a meio do salto. Depois, quando a areia da praia era quase só nossa, subimos ao restaurante na praia. Jantamos tranquilamente, temos conversas de rapazes, falamos de megamens, de músculos, raparigas, ao regresso, no paredão, está espantado com as cores da cidade ao fundo, com as luzes, com o que a luz faz ao horizonte, diz-me que foi um dia e pêras, já não houvia esta expressão há muito tempo, voltamos ao principio, somos máquinas de poesia e luz, somos pequenas máquinas de poesia e luz.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
então vou juntar o CCB ao itinerário
Enviar um comentário