segunda-feira, setembro 17, 2007

Lisboa que amanhece

Acordo com o cheiro do seu café forte. E as vozes de Paula Oliveira, em Lisboa que Adormece. Digo as vozes porque é assim que as ouço à medida que o som avança, plurais, múltiplas. Há em mim uma energia do despertar, vou atrás dela. Agarro-a. Agarro-a energicamente dentro de mim o mais ferozmente que a minha destinação de macho é capaz. É preciso alguma volúpia do existir para a semente retornar à terra, grávida de imagens. Sou, com ela, desta delicadeza, deste afago. Apago tudo à minha volta. A minha vida que amanhece.

1 comentário:

vague disse...

Que bonito sempre.