domingo, dezembro 02, 2007

Estou, a pouco e pouco, a tornar-me um ser profundamente religioso.
Não digo isto para chocar. Ao longo de quatro anos e tal já só o mais desprevenido consegue vir aqui e chocar-se com alguma qualquer proferição. Digo-o para me chocar a mim mesmo. Para me perturbar.
Durante muitos anos acantonei a minha religiosidade no campo da minha relação com a arte. E bastei-me numa critica intelectual e racionalista ao principio da religião.
Agora apercebo-me que ela, a expressão artística, não consegue integrar-me de um forma plena na dimensão espiritual da minha existência.
Não vou à pressa construir teorias sobre o assunto. Nem vou aos saldos das religiões.
Ocupo-me apenas com esta aventura de me deixar impregnar pelo meu silêncio.

4 comentários:

henedina disse...

Bem vindo jpn.
A sua religião é "deixar impregnar pelo meu silêncio.", há muitas piores do que esta.
Mas profundamente religioso assusta, mas ouvir o vento, o canto dos pássaros, a água a cair não é "impregar" "do seu silêncio" é permitir agora que não esta com dor aguda mas "dorido" que a falta de ruído a sua volta lhe permita ouvir o "silêncio" acariciador do sol que lhe aquece a face, do rio em reflexos à tarde, da nuvem, daquela passagem do livro, daquele post, de pequenos nadas ou carinhos que, aos poucos, nos fazem regressar lentamente depois de achar que nada nem ninguém vai conseguir mais fazermos sorrir. Mas vai sorrir.
Espero que este comentário suavize a brisa que em certos momentos da vida nos faz doer de forma tão excruciante como se nos tivessem arrancado a pele do sentir.

Anónimo disse...

Bem-vindo (já estou a aplicar o acordo). Benvindo! :)

Anónimo disse...

desculpe lá o anomino mas as vezes irrito-me com palavras passes e etc. Parece um multibanco. Henedina

Elisa disse...

Gosto muito de ti, Joaquim.