sábado, julho 12, 2008

Sim, Srº Ministro!

"Um ministro da Cultura hoje deve ser alguém que pensa estrategicamente como é que pode fomentar e facilitar a criação cultural por parte dos criadores, o acesso aos produtos culturais e a tudo o que é instrumental à formação cultural de uma população"
Um pequeno excerto de uma excelente entrevista. Ora há muito tempo que eu não ouvia um discurso tão claro e tão interessante lá para o Palácio da Ajuda. E tão inovador.

10 comentários:

Cartouche disse...

Ó homem, se você se contenta com discursos, compreendo a sua alegria. Há mais de quatro meses que o actual ministro - passageiro, como todos - não faz outra coisa - discursos. Ele há cada um!

Cartouche disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JPN disse...

Quem falou em alegria? E se ele tiver sempre um discurso como este olhe que, repetindo-o reiteradamente, já faz muito do que um ministro pode/deve fazer. Mas também lhe digo: se aprender a ser um pouco mais justo há-de viver uma vida mais alegre. Leia novamente a entrevista sem essa sua tristeza crónica e há-de perceber naquilo que chama discurso arrolamento de iniciativa feita ou começada.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Concordo com o cartouche, não vejo nada que este Sr. tenha feito... Discursos todos nós fazemos , isso de mãos abertas , a simular actuação , franqueza , foi obra da objectiva simpática do fotógrafo....
Penso eu de que...
Abraço pela visita , ainda não te pus lá »no todos dias» porque o blogue anda em arrumações ,mal foi construído, sou como o ministro....
Abraço amigo
ZéMarto( JDRGPMarto)

Cartouche disse...

Ao fim de quatro meses? Acordo ortográfico? "Bom , tudo se há-de resolver!". Biblioteca do Instituto de Arqueologia? "Encontraremos, com certeza, uma solução". Cinemateca no Porto? "Vamos fazer uma: aliás, três dias após a minha posse, essa foi uma das minhas proridades"(sic!). Leia novamente a entrevista sem essa sua alegria (crónica, ou de ocasião?) e há-de perceber que, para além de arrolamento de iniciativas - avulso - a começar, não encontra uma linha de estratégia ou programa político para a cultura. O homem alegra-o, está visto.

JPN disse...

Cartouche, se leu a entrevista e mesmo assim não encontra algo de pensamento estratégico então não se preocupe com os meus estados de alma nem tente forçar-me a uma alegria que eu não sinto nem quero sentir. A nossa divergência será apenas o resultado de eu e você termos diferentes entendimentos sobre o que é um pensamento estratégico para a cultura. E não só. Também sobre o que é o valor performativo da linguagem. Principalmente quando estamos a falar de alguém que é ministro e que deve elaborar discursivamente a acção pública em relação à cultura e às artes.

Helena (em stª Apolónia) disse...

acabei agora mesmo de a ler, a entrevista, depois de com ele,ontem, me ter cruzado numa bomba de gasolina da A1... exactamente! claro e interessante.Inovador. Concordo integralmente.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

eu não li a entrevista , mas antes de me cruzar com ele no restaurante , e isto é verdadeiro , e não se pense ao Alto, vou lê-la por causa da osmose... lá que essa existe, existe!

Eu tenho um preconceito de base em relação a ministros e secretários de estado, assim mesmo em minúsculas, acho que um Ministro da Cultura deve vir alguém da área da cultura e deve ter uma visão plural das artes....


cordialmente

JoséRGPmarto( zémarto)

Cartouche disse...

Meu caro jpn: estamos entendidos. Mas igual critério não teve com a anterior titular. Vejamos: considera estratégico confundir língua materna com língua oficial como o fez a quando da (desastrosa) visita a Moçambique? Considera estratégico esperar que os construtores civis paguem 1% dos seus lucros para o MC? Considera estratégico afirmar que a abertura de uma cinemateca no Porto foi "uma das minhas primeiras prioridades após ter tomado posse e por isso reuni com o dr JBC três dias depois"(sic) e vir ao Porto anunciá-la sem saber quando, em que moldes, apenas que tem um nome e será dirigida "por gente do Porto, que a tem e excelente"(sic)? Durante seis meses tamanha prioridade só deu isto? E como explicar então a posição de JBC até há 15 dias atrás? E este paternalismo, acha estratégico?
Não me leve a mal mas lá saberá porque acha este ministro tão promissor.
Às ordens.
Cartouche
P.S.: eu também sei o que é isso do "valor performativo da linguagem": para mim não chega para fazer um bom ministro, embora possa chegar para fazer um bom advogado.

JPN disse...

Meu/minha car@ cartouche: eu não tenho critérios, e muito menos critérios iguais. e nem fico muito honrado em que o meu/minha comentador@ me ache digno de critérios pra depois lhes ajuizar a constância. tenho opiniões, uns acho que. tenho opiniões. e tenho também um blogue para as expressar. e por acaso nele já exprimi posições discordantes em relação ao discurso inicial (outra vez os discursos, já viu a minha fixação!) deste ministro. já percebi que vc acha muito mal o que este ministro faz e diz e nesse aspecto está dercerto muito mais habilitado a discutir o assunto que eu, que não acompanho assim tão de perto a sua actividade. eu só falei de um discurso em concreto. e lhe disse que na minha opinião quando um ministro fala já está a fazer parte do seu trabalho. e já começo a ficar cansado de comentador@s de que querem há viva força que eu me alegre com pessoas, que as ache promissoras, ou o mais que @ meu/minha amig@ pense que eu penso sobre o ministro. apenas disse que achava aquele discurso interessante, inovador e claro. o resto é despesa sua e deve pagá-la no ministério da cultura ou com o ministro, quem sabe se o encontra na bomba de gasolina?! tenho muito prazer em que aqui venha se conseguir ser capaz de discutir o que eu digo e apenas o que eu digo e se se deixar de insinuações sobre o que é que eu penso ou deixo de pensar sobre as pessoas.