Anda na blogosfera que eu gosto uma tristeza no ar pela anunciada morte de "O Mundo Perfeito". Entre caixotes, é assim que estamos agora, o meu primeiro impulso é para a incredulidade, a evidência das coisas do nosso mundo físico dir-nos-à que um blogue que dá tanto prazer a quem o lê como a quem o escreve não pode acabar. Mas a evidência das coisas dos nossos universos perfeitos que são os blogues tem demonstrado o contrário. Optimista por natureza seria até capaz de ficar contente por O mundo perfeito ter acabado. Tal e qual como agora, ao desempilhar os caixotes - e ao pensar que tenho finalmente um ninho para escrever, para amar e viver - sei que daqui em diante este respirar estará cada vez mais condenado a algumas manifestações de afecto, de simpatia ou de alguma hipersensibilidade política, cultural ou social que a espuma dos dias me trouxer. É uma outra vida em vez desta. E fico assim contente pela Isabela. Ela talvez não o saiba, ou não o saiba ainda, mas com o passar dos tempos terá de voltar à escrita, a escrita que nunca a abandonou, tanto na leitura como no escrever, nestes últimos vinte e tal anos em que, depois de nos termos encontrado no DN Jovem, nunca mais nos vimos. Na altura a Isabela coleccionava tantos prémios de escrita como o José Agualusa, o José Carlos Barros, o José Riço Direitinho, isto só para citar alguns dos que na estrada da literatura se fizeram nomes de pôr na estante. Lembro-me bem como ela escrevia. Escrevia à Duras, pensava eu, acho que nunca lhe disse, eu achava que ela escrevia à Duras antes de escrever à-ela-mesma. Eu tentava escrever à Virgílio Ferreira (ainda esmagado pela comoção com que tinha lido a Manhã Submersa, que me fazia lembrar o livro que meu pai começara a escrever sobre a sua vida de jovem seminarista). Havia quem escrevesse à Maria Teresa Horta, à Dinis Machado, à Saramago ou, os mais ousados, à Lobo Antunes, sendo que posteriormente já havia sub-estilos em que havia jovens imitadores do estilo de Agualusa, Riço Direitinho, Teresa Vale e Isabel Almeida Santos. Dos vários exercícios de estilo que o DN Jovem exibia o de Duras era sem dúvida o meu preferido. Por tudo. Por permitir uma ligação directa à alma, à poética do íntimo, ao jorro forte como um rochedo. E principalmente, por ser aquele que mais rapidamente me provocava imagens teatrais. Fosse lá pelo que fosse o certo é que de todas as grandes escritas do Dn Jovem a única de que verdadeiramente me lembro é a da Isabela. E sempre me perguntei porque é que, ao contrário de outros, não a encontrava nas bancas de jornais, nas estantes das livrarias onde outros, com igual talento, iam fazendo pela vida e pela obra. Foi por isso uma alegria quando soube que O Mundo Perfeito era dela. O Mundo nunca foi um blogue da moda, daqueles que vomitam visitantes e páginas vistas. Mas foi - e digo foi para que seja muito claro o meu contentamento com o fim do blogue - um espaço de culto para muitos que tem na literatura um lugar de confronto, confronto de um consigo próprio. O que é que temos a partilhar uns com os outros que não seja essa desconcertante capacidade de nos rirmos das nossas próprias entranhas? Por isso seria até capaz de ficar contente com o facto de O Mundo Perfeito ter acabado. Sabendo que a Isabela nunca deixou de ler e escrever nestes anos todos - se não como poderia escrever como escreve, já não à Duras mas à ela própria, o seu universo tangível, o emprego na fábrica de parafusos (que rica metáfora Maria de Lurdes Rodrigues?!), os gatos, a mãe, as vizinhas, os homens e o intangível, essa África chula, negra, que se alojou dentro dela como se fosse simultaneamente veneno e antídoto - também não é agora, que sabe o impacto que a sua escrita tem em nós, que o deixará de fazer. Os parafusos que fiquem lá muito bem governadinhos à volta com os magalhães, os gatos não atrapalham de tão independentes, nós somos as suas flores, as flores que com instinto canino ela cuidou, cuida e cuidará. Eu creio que durante estes vinte e tal anos nunca publicou nada porque teve medo da vaidade que como uma lapa se atrela sempre, inevitavelmente, a estes exercícios de estilo. Quem escreve para se resolver sente-se atrapalhado se de repente algo como a vaidade se interpõe entre a escrita e este desejo de rasgar a pele, a própria carne. É um problema que a maior parte dos escritores plasmados nas estantes das livrarias já resolveu, de uma forma ou outra mas que continuará sempre a atacar os que não têm obra publicada. É por isso que agora, setenta seguidores, milhares de páginas vistas, uma folha de comentários sempre presente e militante, Isabela já sabe que tem de escrever, não por ela, mas por nós. E, como é uma mulher de palavra e nem que se roa até ao osso vai fazer tudo para não voltar ao Mundo Perfeito, isso, o saber que precisamos dela, do que ela escreve, dar-lhe-à força bastante para se atirar a escrever e voltar ao nosso convívio. Já agora que não seja n' O mundo perfeito mas na nossa estante, na nossa literatura, onde tanta falta faz. A nossa fome e a nossa sede serão a sua coragem, tenho a certeza.
Ditas as coisas assim, não gostei que O Mundo Perfeito tivesse acabado pelas razões que acabou. Não discuto as razões da Isabela. Por vários motivos. Primeiro, sabendo que existem blogues ultranacionalistas, nunca considerei que eles interferissem com o meu espaço vital. É uma bizantinice minha certamente. Se os vir a manifestarem-se na rua corro para casa, fecho as pressianas, instalo vidros duplos, e tento por todas as formas afastar as imagens negras que estes movimentos me provocam. Sou muito sensível à rua, deve ser o meu feitio mediterrânico. Mas na internet não. E acho que têm todo o direito de o fazer e que em nada os apouca a fraca conta em que tenho as suas façanhas. Não os acho reles, imorais, e, com a ajuda de Arno Gruen, há algum tempo que os deixei de considerar (os únicos) doentes. Mas saber que algo que eles fizeram, retirar um texto da Isabela e publicá-lo num dos seus blogues ultranacionalistas, interfere tanto comigo que me vai vedar ao contacto com um blogue de que tanto gosto é como se de repente eu descobrisse que lhes estou vulnerável. E isso chateia-me, muito, profundamente e não posso deixar de ficar um pouco irritado com a Isabela. Talvez não fosse caso para tanto. Não conheço o texto em causa mas já tinha lido alguns textos da Isabela sobre a questão colonial que quase me tinham incomodado. Tinha até pensado, se os visse num outro sítio, numa outra hora e assinados por outro nome acharia que seriam apontamentos manchados pelo ressentimento que anima muitos dos blogues ultranacionalistas. E tive isso como mais uma das façanhas da escrita-coragem da Isabela: o de ela arriscar que pudesse ser tida como uma racista, uma ressentida do império colonial. Há uns meses atrás publiquei aqui uns textos sobre o casamento entre homens do mesmo sexo em que corri o risco, assumido, de poder ser tido como um defensor de um pensamento retrógrado sobre o assunto. Não sei se alguma vez alguma vez alguém os publicou nalgum lugar para defenderem coisas em que não acredito. Não tenho nada a ver com isso. Se alguma vez encontrar alguma coisa minha num blogue que defenda a homossexualidade enquanto doença, não vejo como me possa insurgir mas tenho a certeza de uma coisa: mais facilmente me perguntarei como é que aquilo que escrevi pode servir para defender aquilo em que não acredito do que exigirei que só pessoas politica e socialmente bem comportadas possam usar os meus textos.
domingo, maio 03, 2009
Para um mundo um pouco mais (im) perfeito
Anda na blogosfera que eu gosto uma tristeza no ar pela anunciada morte de "O Mundo Perfeito". Entre caixotes, é assim que estamos agora, o meu primeiro impulso é para a incredulidade, a evidência das coisas do nosso mundo físico dir-nos-à que um blogue que dá tanto prazer a quem o lê como a quem o escreve não pode acabar. Mas a evidência das coisas dos nossos universos perfeitos que são os blogues tem demonstrado o contrário. Optimista por natureza seria até capaz de ficar contente por O mundo perfeito ter acabado. Tal e qual como agora, ao desempilhar os caixotes - e ao pensar que tenho finalmente um ninho para escrever, para amar e viver - sei que daqui em diante este respirar estará cada vez mais condenado a algumas manifestações de afecto, de simpatia ou de alguma hipersensibilidade política, cultural ou social que a espuma dos dias me trouxer. É uma outra vida em vez desta. E fico assim contente pela Isabela. Ela talvez não o saiba, ou não o saiba ainda, mas com o passar dos tempos terá de voltar à escrita, a escrita que nunca a abandonou, tanto na leitura como no escrever, nestes últimos vinte e tal anos em que, depois de nos termos encontrado no DN Jovem, nunca mais nos vimos. Na altura a Isabela coleccionava tantos prémios de escrita como o José Agualusa, o José Carlos Barros, o José Riço Direitinho, isto só para citar alguns dos que na estrada da literatura se fizeram nomes de pôr na estante. Lembro-me bem como ela escrevia. Escrevia à Duras, pensava eu, acho que nunca lhe disse, eu achava que ela escrevia à Duras antes de escrever à-ela-mesma. Eu tentava escrever à Virgílio Ferreira (ainda esmagado pela comoção com que tinha lido a Manhã Submersa, que me fazia lembrar o livro que meu pai começara a escrever sobre a sua vida de jovem seminarista). Havia quem escrevesse à Maria Teresa Horta, à Dinis Machado, à Saramago ou, os mais ousados, à Lobo Antunes, sendo que posteriormente já havia sub-estilos em que havia jovens imitadores do estilo de Agualusa, Riço Direitinho, Teresa Vale e Isabel Almeida Santos. Dos vários exercícios de estilo que o DN Jovem exibia o de Duras era sem dúvida o meu preferido. Por tudo. Por permitir uma ligação directa à alma, à poética do íntimo, ao jorro forte como um rochedo. E principalmente, por ser aquele que mais rapidamente me provocava imagens teatrais. Fosse lá pelo que fosse o certo é que de todas as grandes escritas do Dn Jovem a única de que verdadeiramente me lembro é a da Isabela. E sempre me perguntei porque é que, ao contrário de outros, não a encontrava nas bancas de jornais, nas estantes das livrarias onde outros, com igual talento, iam fazendo pela vida e pela obra. Foi por isso uma alegria quando soube que O Mundo Perfeito era dela. O Mundo nunca foi um blogue da moda, daqueles que vomitam visitantes e páginas vistas. Mas foi - e digo foi para que seja muito claro o meu contentamento com o fim do blogue - um espaço de culto para muitos que tem na literatura um lugar de confronto, confronto de um consigo próprio. O que é que temos a partilhar uns com os outros que não seja essa desconcertante capacidade de nos rirmos das nossas próprias entranhas? Por isso seria até capaz de ficar contente com o facto de O Mundo Perfeito ter acabado. Sabendo que a Isabela nunca deixou de ler e escrever nestes anos todos - se não como poderia escrever como escreve, já não à Duras mas à ela própria, o seu universo tangível, o emprego na fábrica de parafusos (que rica metáfora Maria de Lurdes Rodrigues?!), os gatos, a mãe, as vizinhas, os homens e o intangível, essa África chula, negra, que se alojou dentro dela como se fosse simultaneamente veneno e antídoto - também não é agora, que sabe o impacto que a sua escrita tem em nós, que o deixará de fazer. Os parafusos que fiquem lá muito bem governadinhos à volta com os magalhães, os gatos não atrapalham de tão independentes, nós somos as suas flores, as flores que com instinto canino ela cuidou, cuida e cuidará. Eu creio que durante estes vinte e tal anos nunca publicou nada porque teve medo da vaidade que como uma lapa se atrela sempre, inevitavelmente, a estes exercícios de estilo. Quem escreve para se resolver sente-se atrapalhado se de repente algo como a vaidade se interpõe entre a escrita e este desejo de rasgar a pele, a própria carne. É um problema que a maior parte dos escritores plasmados nas estantes das livrarias já resolveu, de uma forma ou outra mas que continuará sempre a atacar os que não têm obra publicada. É por isso que agora, setenta seguidores, milhares de páginas vistas, uma folha de comentários sempre presente e militante, Isabela já sabe que tem de escrever, não por ela, mas por nós. E, como é uma mulher de palavra e nem que se roa até ao osso vai fazer tudo para não voltar ao Mundo Perfeito, isso, o saber que precisamos dela, do que ela escreve, dar-lhe-à força bastante para se atirar a escrever e voltar ao nosso convívio. Já agora que não seja n' O mundo perfeito mas na nossa estante, na nossa literatura, onde tanta falta faz. A nossa fome e a nossa sede serão a sua coragem, tenho a certeza.
Ditas as coisas assim, não gostei que O Mundo Perfeito tivesse acabado pelas razões que acabou. Não discuto as razões da Isabela. Por vários motivos. Primeiro, sabendo que existem blogues ultranacionalistas, nunca considerei que eles interferissem com o meu espaço vital. É uma bizantinice minha certamente. Se os vir a manifestarem-se na rua corro para casa, fecho as pressianas, instalo vidros duplos, e tento por todas as formas afastar as imagens negras que estes movimentos me provocam. Sou muito sensível à rua, deve ser o meu feitio mediterrânico. Mas na internet não. E acho que têm todo o direito de o fazer e que em nada os apouca a fraca conta em que tenho as suas façanhas. Não os acho reles, imorais, e, com a ajuda de Arno Gruen, há algum tempo que os deixei de considerar (os únicos) doentes. Mas saber que algo que eles fizeram, retirar um texto da Isabela e publicá-lo num dos seus blogues ultranacionalistas, interfere tanto comigo que me vai vedar ao contacto com um blogue de que tanto gosto é como se de repente eu descobrisse que lhes estou vulnerável. E isso chateia-me, muito, profundamente e não posso deixar de ficar um pouco irritado com a Isabela. Talvez não fosse caso para tanto. Não conheço o texto em causa mas já tinha lido alguns textos da Isabela sobre a questão colonial que quase me tinham incomodado. Tinha até pensado, se os visse num outro sítio, numa outra hora e assinados por outro nome acharia que seriam apontamentos manchados pelo ressentimento que anima muitos dos blogues ultranacionalistas. E tive isso como mais uma das façanhas da escrita-coragem da Isabela: o de ela arriscar que pudesse ser tida como uma racista, uma ressentida do império colonial. Há uns meses atrás publiquei aqui uns textos sobre o casamento entre homens do mesmo sexo em que corri o risco, assumido, de poder ser tido como um defensor de um pensamento retrógrado sobre o assunto. Não sei se alguma vez alguma vez alguém os publicou nalgum lugar para defenderem coisas em que não acredito. Não tenho nada a ver com isso. Se alguma vez encontrar alguma coisa minha num blogue que defenda a homossexualidade enquanto doença, não vejo como me possa insurgir mas tenho a certeza de uma coisa: mais facilmente me perguntarei como é que aquilo que escrevi pode servir para defender aquilo em que não acredito do que exigirei que só pessoas politica e socialmente bem comportadas possam usar os meus textos.
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7 comentários:
Pá, que grande texto o teu!
"Fosse lá pelo que fosse o certo é que de todas as grandes escritas do Dn Jovem a única de que verdadeiramente me lembro é a da Isabela."
Bolas, Joaquim Paulo, isto comove-me!
"E sempre me perguntei porque é que, ao contrário de outros, não a encontrava nas bancas de jornais, nas estantes das livrarias"
Bem, eu nunca quis ser escritora, embora quisesse escreve e gostasse de o fazer. Quando acabei o curso precisava de trabalhar, de me sustentar. Isto era o que a família esperava de mim. Não podia andar a arrastar-me por casa numa de escritora, se é que me entendes. Tinha de me fazer à vida. Trabalhar. Ora o meu trabalho sempre foi muito de se fazer em casa, o que significa não ter tempo livre para mais nada, porque a vida fora e dentro de casa é trabalho. Nos últimos 20 anos trabalhei muito, muito, muito, com uma dedicação absoluta, que é a minha maneira de fazer tudo na vida.
Não me pus, portanto, a escrever, porque tinha de trabalhar e a escrita não era trabalho. Não pagava bifes.
Não teve nada a ver com vaidade. E eu mal sabia escrever, para dizer a verdade.
Depois, por outro motivo muito prosaico: não tinha sobre que escrever. Não tinha um tema. Precisei de crescer para compreender o que tinha a dizer. Esse tempo em que trabalhei que nem uma louca foi bom para me encontrar como pessoa e serviu também para me definir a vários níveis.
Não me vejo como uma escritora, mas como uma cronista e comentadora. A crónica é um género visto como menor, mas acontece que é nele que me safo bem, e gosto. E adequa-se ao blogue.
Sobre o resto, não vale a pena alongar-me. O MP terminou, e eu cá tenho as minhas razões para o ter feito como fiz.
Como já fiz saber, outro blogue se seguirá, noutros moldes. Por agora, vou reflectindo.
Beijos. E obrigada por tudo.
Ok, que venha outro. E como tu também penso o mesmo da crónica. Sempre gostei dos jornais que tinham cronistas fortes como o Namora, o Abelaira, o Miguel Esteves Cardoso, o Sousa Tavares. Beijos
Que grande texto (dos dois), digo eu! Aqui venho, novamente, manifestar todo o meu apoio à Isabela e á decisão que tomou. Só espero que nos faça saber, através dos amigos de outros blogues, qual o endereço do novo blogue. Mal posso esperar. Volte depressa.
Beijinhos
Inês
Cá aguardamos esse outro blogue| Quando surgir, diga qualquer coisa.
Eu compreendo muito bem esses textos da Isabela sobre África porque cresci como ela nessa cultura colonialista. Descolamos dela com a mesma vontade com que ela nos ecoa na pele, como se essa memória habitasse os nossos poros. Mas engana-se quem vê na projecção pública dos nossos fantasmas(como custa perder o lugar da nossa infância...) algum desejo de regresso a um passado que de que não temos verdadeiramente saudade nenhuma. Mais: racionalmente creio que ela, como eu, deve acreditar que nada há de mais aterrador do que um povo declarar sua a terra de um outro, declarar seu um lugar que nunca lhe pertenceu. Nada há pior do que um povo se julgar melhor do que outro, atendendo à cor da pele. Os nacionalistas que usaram o texto dela nunca poderão perceber o quanto lhe fizeram mal ao usar um texto dela fora do contexto. E gostaria, tal como ela, que isso pudesse ser inviável, embora não perceba como. Creio que também me magoaria muito se fizessem algo de semelhante com um texto meu. E gosto que ela se zangue, porque é assim que vejo o mundo perfeito: a ternura e a zanga de existir.
Mas também gostei muito do teu texto Joaquim, e da força que dás à Isabela, que ao contrário de ti não conheço nem há muito, nem há pouco tempo...eu só a leio.
~CC~
Como já me manifestei, a liberdade de decisão cabe a cada um.
Como referi, quanto ao que se escreve ir parar a mãos alheias e porcas, neste mundo virtual, estamos todos sujeitos a isso.
Mas poderei ver este facto noutra perspectiva. Texto foi parar onde não devia? Porreiro Quem passar por lá irá quererá saber o seu autor (excatamente, como o dito cujo fez. Já me esqueci do nome) e assim passará a fazer publicidade ao meu e ao que escrevo.
Foi um pouco o que disse à Isabela. Fez propaganda a um ilustre desconhecido. Tão ilustre, tão desconhecido que, como já disse, já nem sei lá ir.
Porque uma das minhas características (defeito ou não conforme a visão) é a teimosia, eu não tomaria a atitude da Isabela. Fechar a porta. Eu continuaria com ela escancarada, e na beleza e acuidade da sua escrita daria era cabo deles construindo o Mundo Perfeito
jpn,
desc a intromissão, mas é para subscrever em absoluto, no conteúdo e nos termos, o que a lucubrina disse.
e com isto, queridissima isabela, sabes que usurpo palavras alheias para o que eu mesma, tosca e telegraficamente embora, te quis transmitir.
respeito totalmente, mas não o teria feito.
um beijo. continuarei sempre a ler-te. porque sei que te é impossível deixares de o fazer.
(e sim, como cronista tenho a certeza que és do caraças!!)
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