O meu mundo está suspenso por um fio, penso cada vez mais. Penso nisto cada vez mais e penso nisto há muito tempo. De tal forma que o que vai variando é a textura e a resistência do entrelaçado que me sustém. Por vezes parece um fio de linha, frágil, parecendo quebrar a qualquer momento. Outras de nylon, com elasticidade para um life jumping, desporto a dar ares de radical que acabei de inventar ao correr da pena. Outras ainda parece um fio de aço, capaz de suster todas as derrocadas e desabamentos que uma alma em convulsão permanente pode conter. Só não sei o que me dá mais segurança. Quero sempre o que não tenho. Quando o fio é de linha anseio pela tranquilidade das minhas manhãs dependuradas num cabo de aço. Quando é este, parece-me que a insegurança e a instabilidade são qualidades de vida injustamente depreciadas pelo comum dos mortais.
1 comentário:
Mesmo o aço deixa-te balouçar um pouco, não? ;) Um grande abraço!
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