Saramago apoia António Costa. Também eu. Costa é um dos políticos profissionais mais inteligentes e brilhantes da realidade portuguesa actual. Só não gostei que o tivesse feito onde o fez. Ele estava ali com o presidente da Câmara não com o candidato. Ele foi ali assinar um protocolo com a autarquia, não com a direcção de campanha do autarca. Há um efeito de estupidez que parece tornar-se intelígivel quando mudamos de cenário político: imaginem o que aconteceria se a situação se tivesse passado em campanha pré-eleitoral quando Saramago fosse assinar um protocolo com o Governo e, diante de Sócrates, anunciasse o seu apoio político à candidatura do primeiro-ministro? Porque é que isso parece tornar-se aceitável quando estamos a falar de poder autárquico? Era bom que pensássemos todos um pouco nisso.
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