Há gestos tão reveladores sobre o comportamento das pessoas: ao contrário do que se tem dito sobre a má-educação de Manuel Pinho - e depois dos é pás, foda-ses, é o caralho, pá, transcritos de algumas escutas telefónicas a politicos que vieram para a praça pública - olhamos para aquele gesto, para aquilo que nele é tão genuinamente infantil - e indecifrável do ponto de vista semiótico, aquilo é o quê, chifres de diabo, cornos de boi, orelhas de burro, como sugere Carlos Narciso? - e ficamos a imaginar que Manuel Pinho, se tivesse continuado na onda do disparate, o máximo que conseguiria fazer como forma de achincalhar o seu interlocutor seria o deitar-lhe a língua de fora dizendo um nha-nha-nha. Se acham que Manuel Pinho é mal-educado, não me queiram nunca ver na minha intimidade. Sou verdadeiramente grosseiro.
10 comentários:
Não se escreve fodasse , mas foda-se, no caso uns foda-se . Cuidado com a língua.
RHJ
obrigado.
Bem pode agradecer , leio -o atentamente, mas não gosto de encontrar erros de sintaxe , ortográficos ou outros.
Cuidado com a escrita
RHJ
Gostava então de escrever tão atentamente quanto me lê. Mas aqui, confesso, não consigo. E nem me desculpo com o facto de escrevermos todos assim. Aliás, muitas vezes fico na sensação de que é esta desobrigação formal de cada um face ao bem escrever (que não temos em relação a outros meios onde possamos escrever) que faz com que a comunidade blogosférica possa ser tão dinâmica e albergar pessoas com níveis tão diferenciados de domínio da língua. E eu até sou afortunado nesse domínio: tenho cá em casa uma primeira leitora atenta daquilo que escrevo que não hesita em me enviar um relatório dos pecadilhos de escrita que por aqui se lavram. Se eles mesmo assim não aparecem corrigidos é por desleixo ou falta de tempo meu.
Não estou de acordo consigo , escrever bem com correcção sintáctica , ortográfica e morfológica em nada está relacionado com a suposta rapidez ou pluralidade de pessoas com as quais se quer comunicar; se estes meios são meios supostamente acessíveis a todos , abertos á discussão de ideias por todos , deviam por isso mesmo primar por serem bem escritos . Não há desculpa possível ou se sabe escrever ou não sabe , aqui não há delírios. Bem haja aquem o chama atenção , escrever bem , e por bem , entende-se correctamente, não é apanágio só de alguns !È seu , é meu , é de todos !
RHJ
Sem querer alargar esta polémica sobre a utilização da língua aqui na blogosfera, assunto para o qual me acho perfeitamente incompetente, chamaria a sua atenção para o facto do seu pequeno comentário estar com alguns erros ortográficos, sintácticos e morfológicos que, por se prenderem com a rapidez da enunciação e da dificuldade de correcção online, acabam por dar alguma razoabilidade ao meu argumento.
"Pela boca morre o peixe", diz o ditado... E este estava com o anzol bem atravessado, credo!
RHJ, deve ficar com os pelos em pé quando lê jornais e revistas, ou ouve os jornalistas e os políticos, é que por estas vias abundam os erros de todos os tipos. Também a mim me dão comichões e alergias, mas fazer o quê? A língua muda assim. Muito do que se considera estar correcto hoje, há 100 anos atrás estava errado, e como!
Aponte , se faz favor ! Aprendo também consigo ...
Aponte esses erros no pequeno comentário : sintácticos , morfológicos e ortográficos .
Não creio que queira deixar passar a ideia ilusória de que as minhas observações carecem de fundamento , e consequentemente ninguém as lerá !
Não tema a humildade.
Duvida que alguém leu este poste?
RHJ
Cara Silvia,
O peixe não morre pela boca , morre pela língua!
Encontrou algum erro ? Citou logo o provébio !
A blogoesfera parece um espelho opaco ?
È verdade as linguas mudam , consequentemente também a sua norma, são organismos vivos. Mas daí, a não ficar alérgico, por exemplo, com todos os partícipios passados mal usados pela comunicação social vai um grande passo ...
RHJ
Macacos me mordam se isto não parece o roto a falar com o esfarrapado!
Joao
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