sábado, julho 05, 2003

Augusto Abelaira morreu. Já há muito que tinha deixado de escrever na água, o que para aqueles que, como eu, cresceram a ler Abelaira, era um desaparecimento prematuro de uma lucidez partilhada nas páginas de jornais. Só que agora, foi de vez. Volto ao sotão, para reler as páginas amarelecidas dos recortes de "O Jornal", que tantas e tantas vezes comprei únicamente para encontrar Augusto Abelaira. Sendo que reler Abelaira é também reencontrar um tempo onde a crónica fazia viver o corpo dos jornais.

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