terça-feira, julho 08, 2003

Não consigo perceber isto. Não consigo perceber o mundo onde vivo. As casas, as formas que elas têm, o modo como as habitamos. Não percebo. Se calhar não é para perceber. Eu não percebo. Não percebo as ruas, a maneira como nelas nos movimentamos. O trabalho, a escravidão dissimulada. O estarmos sempre aquém ou mais para lá do que poderia ser um lugar. Não percebo a modo como falamos, comunicamos, nos trocamos. Não percebo esta suposta superioridade com que nos ufanamos e vangloriamos dos nossos mundos, das nossas democracias, das nossas casas, até da nossa própria espécie. Não faço disso um cavalo de batalha mas não percebo.

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