sexta-feira, agosto 08, 2003
infidelidade...
olho aquele decote atrevido, o branco do linho que ao corpo desnuda, abrindo sugestões de carne inimagináveis a olho nu, aquilo que à primeira impressão me parece um pretexto magnífico para um flirt admirável sobre os céus de lisboa, um je ne sais pas quoi que me faz labrêgo, pirómano estival, torno visível o meu olhar, o meu charme de centopeia com calos, je suis un autre, sempre tive a ilusão de que o francejar retira boçalidade a um canhestro, aquela princesa merece-me e sem espinhos coroá-la-ía se...
...um repente não fosse apenas um repente.
e num instante, a traição; num desvio ao meu suposto eu de homem anilhado, que se sentou aqui na brasileira para actos, sem contrição, de piromania inconsequente, sou levado por uma volúpia de desejo pela mulher que dorme na minha cama, na minha casa, na minha vida, surpreendendo-a com esta bizarra ideia de alguém poder, por um instante que seja, amar o que tem por seu.
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