sábado, dezembro 06, 2003
Numa casa de banho do emprego...
o coração deixou-o, soube há dias. O Zé, o Zé Neves. Eu era carteiro ele era técnico de exploração postal. tex, na nossa gíria. O Zé não seria um modelo de funcionário, sem dúvida. Nem nunca o quiz ser. Era alias conhecido pelo seu elevado absentismo. Era um recordista dos atestados. Tinha um problema. Detestava viver enclausurado. Era assim quando trabalhávamos no EPA, no Aeroporto, ainda o era mais naquela caixa de sapatos na marechal gomes da costa. Mas nós olhávamos para ele e percebíamos porquê. Há espécies humanas que não se dão bem em cativeiro. Não deixa por isso de ser irónico, daquela ironia cruel em que a vida é mestra, que ele que passou tanto tempo da sua vida profissional "doente" tenha ido encontrar o último sopro no trabalho. Um abraço, valente!
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