sexta-feira, maio 28, 2004

Refilon

Ontem, já a noite tinha acordado, despertado da e na sua volúpia de mulher bailarina, acrobata, fiz as contas à reclusão deste fim de semana de pai e achei-me merecedor do saracoteio na pista de madeira do B.Leza. Lá dentro tocavam os Refilon. O B.Leza fica ainda mais diferente quando naquele palco acontecem concertos. A noite povoada destes sons fica com um travo a sal e a destempero. Como se escavássemos naquele que às vezes é corredor escuro e fundo onde construímos os nossos dias, as nossas noites, e o tornássemos um enorme ressoador das nossas histórias de vida. Naqueles dias e noites em que apetece acordar a madrugada, o levantar da luz sobre o horizonte, poesia famélica de gentes que a povoem.
Onda sagrada di Tejo, dixá'm beijábo bô ága, un bêjo di mágua, um bêjo di sodádi, pá bô levá mar pá mar levi nha terra B.leza

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