domingo, agosto 29, 2004

A esperança da Filomena

Do Mas-Shamba fui ver um apelo da Púrpura, à qual poderia ter ido directamente. Todos nós estamos por demais conhecedores deste tipo de apelos, muitas vezes onde vamos ao engodo. Não é grave. Ser solidário por engano pode ser desconfortável quando se descobre mas não é grave. Nem é pretexto nem justificação para que assobiemos para o lado - e há tanta forma de assobiar para o lado - quando sabemos que do outro lado a esperança de alguém como a Filomena somos nós. A esperança da Fiolomena somos nós porque antes alguém tomou nas suas mãos esse trabalho de nos fazer descobrir esta mulher a quem a doença foi o princípio de um grande, o mais dificil desafio. E foi ela que nos disse:"Encontrei-a serena. Acamada, ao redor dela no quarto estavam dispostos o telefone, a televisão, o computador. Tudo ali à mão. Aquele quarto é o mundo dela. A solidão dela. Um cenário quase de Almodôvar, com imagens de santos, bibelots e velas nas paredes amarelas e na cómoda atulhada. Li os documentos comprovativos dos créditos concedidos e as cartas dos advogados exigindo o pagamento imediato sob pena de execução imediata da dívida. Como o único bem próprio é a casa, imagine-se o desespero, sobretudo se tivermos em conta que as cartas a ameaçar com um processo judicial são de Junho e desde então aquela família vive no pânico de um telefonema que lhe tirará a esperança." Vamos ajudar a Filomena: Conta na Caixa Geral de Depositos apenas para este fim, com o NIB 003503960018333360070 o numero da conta é 0396 183333600 em nome de Carlos Jorge Aurélio Sarmento.

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