quarta-feira, março 23, 2005
Sobrevive em nós o amor
Não é apenas nos bancos de jardim ou nas janelas com rostos antigos colados ao vidro que nos constatamos no difícil modo de sobrevivermos ao nosso amor. Fazemos a pergunta aos dez, aos vinte, aos trinta, aos quarenta, aos cinquenta e aos sessenta anos. Só aos setenta é que levaremos a gilete à jugular e aos pulsos. Há um depois enorme, interminável e eu não deveria dizer isto, parece desumano, mas um verdadeiro amor nunca morre. Parece desumano mas não é. A vida seria insuportável se assim não fosse. Se aos amores tivessemos de os matar, apagar, rasurar para lhes sobrevivermos.
Para lhes sobrevivermos, amando.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
o amor não morre, sobrevive a morrer de amor
Enviar um comentário