quarta-feira, junho 08, 2005

Adriana de Margarida Gil deixou-me várias sensações contraditórias. Por um lado, os Açores, lugar onde espero ir em breve. Este filme foi talvez para mim o decisivo chamamento. Também ver o filme é rever alguns bons amigos, alguns dos quais com quem comecei a fazer teatro, como é o caso do Horácio Manuel e da Bibi Perestrelo. A própria Margarida Gil foi uma das professoras com quem mais simpatizei. Antes de entrar no filme já estou envolto numa espaço afectivo que facilita a minha relação com ele. Quando procurava uma imagem para puxar para o blogue encontrei esta crítica com o qual estou, em grande parte, sintonizado. Mas a favor de Adriana gostava de dizer sobretudo que há um aspecto que me deixa rendido desde o inicio: a forma como o filme assume o linguarejar ilhéu, como não se detém na incompreensão que o mesmo nos pode suscitar. Essa atitude, que me levou desde logo a encarar o território do filme de um ponto de vista da estranheza, do desconhecido, contitui-me de imediato, enquanto espectador, como uma espécie de descobridor. E lembro-me que tive consciência desse facto, um filme assim é conhecimento e é conhecimento do outro.

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