quinta-feira, setembro 01, 2005

Presidente da República

Toda a gente sabe o desapreço que tenho pela parte final do mandato de Jorge Sampaio. Tenho até uma certa compaixão e compreensão pelo seu drama. Se eu visse a companheira de todos os meus dias vestida com a bandeira nacional também chorava. E talvez deixasse de poder dizer para onde vou. É o desnorte, acontece. Há algo no entanto que eu sempre admirarei nele: quando quis ser presidente disse-se candidato e os partidos, mesmo o seu, que fossem atrás dele. É assim que deve ser. O Presidente de todos nós deve nascer na vontade, não na disponibilidade. Nem no medo fracturante. Ou numa ideia anquilosada de esquerda. Não há poema que resista a essa ideia de República.

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