segunda-feira, janeiro 30, 2006

Road Book

Nos próximos dias vou estar mais por aqui. Tudo isto acaba por ser uma ficção, as portas que na sua veleidade pensamos fechar acabam por abrir outras tantas. Apetece-me no entanto pensar que se trata de uma respiração menos assistida. É uma ficção eu sei. Só a minha dor é verdadeira. E mesmo essa, não existe para além da minha vontade. Vontade de a ver. De lhe dar um nome. E ver a dor, nomeá-la, é sofrê-la. Ninguém vai ao dentro de si com bilhete de volta. Entra-se a medo, a despropósito, a saída é depois. Só depois é que se sai.

1 comentário:

Lyra disse...

a saida é logo ali. não a podemos é perder de vista. o risco é grande. corre-se o risco de não mais a encontrar. e ficamos lá. dentro de nós.