segunda-feira, novembro 20, 2006

a dor, quando sangra

sou também da dor quando sangra. o vermelho é mais mediático mas nem sempre o sangrar é vivo, escarlate. penso no sangramento enquanto acompanho o cacilheiro que se dirige à sua cidade, do outro lado. há o tempo que decorre entre um ponto ao outro e esse tempo, o que isso dura, pode ser uma vida. uma vida não é nem mais nem menos do que esse rasgão epidérmico no caminho. a ferida que deixa nas águas não é rasto, nem luz. é sangue.

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