terça-feira, novembro 21, 2006

O superlativo de humanidade

não haverá nunca nada como a poesia. nós somos ainda e sempre do artesanato e da indústria, da contrafacção, do contrabando, dos lojistas e dos mercados, do cheiro a salsa e a coentros pela madrugada da Ribeira, mas é na diluição poética que somos o nosso superlativo. é na ideia. a poética, o teatro, o pensamento. o mundo que houver para além disso existe também e é a partir dele que criamos a abstração mágica, quase redentora, se houvesse alguma redenção para este inimaginável exercício de vivos. mas não haverá nunca nada como a poesia.

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