quarta-feira, dezembro 06, 2006
Em Viana terminámos esta trilogia do luto. Levámo-los aos lugares que nunca serão as suas casas. Estas serão sempre, para nós, o lugar onde nos habitam. Ontem de manhã a Zé em Benfica, à tarde o César em Santa Maria da Feira, hoje ao príncípio da tarde, a Cláudia, num lugar próximo de Viana do Castelo. O cemitério rodeado de campo. Lá ao fundo uma unidade fabril vomitando fumo para o céu. Não o suficiente para que deixasse de vir até nós o cheiro da lenha, fazia frio. Tomámos chá. Saudámo-nos uma, duas, três vezes. Há uma estúpida ironia nisto tudo: perdemo-los e de certa forma, quanto mais não seja na forma como nos reconhecemos, nos abraçámos, nos pensámos, ganhámo-nos.
É tudo tão antigo na nossa morte.
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1 comentário:
como é preciso doer para escrever assim
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