segunda-feira, julho 16, 2007

Longe do mundo

Aterrei em frente ao televisor, ontem, já passavam das dez horas. Não tinha muita curiosidade. Calculei que António Costa fosse ganhar. Que Negrão perdesse. Que Carmona, principalmente desde que Fontão viu o seu processo arquivado, fosse amargar ainda mais a derrota do PSD. Calculava que Helena Roseta pudesse vir a ser um peso na balança da governação socialista. Não sabia o que iria acontecer a Telmo Correia, mas calculava, era à direita que as eleições se íriam decidir. Assim foi. Os votos do PSD completamente esfrangalhados por duas candidaturas. O CDS afastado da Câmara. Estes são bem dois anos próprios para o perfil pragmático e politicamente preparado de António Costa. Todas as nossas narrativas políticas surgem em seu socorro: o que não fizer, será sem dúvida por causa daquele saco de gatos em que, por vontade do eleitorado, do povo de Lisboa, se transformou o executivo camarário. O que fizer, será pela sua reconhecida capacidade na gestão de conflitos, na seriedade e no bom senso. Ou seja, poderá daqui a dois anos pedir a maioria absoluta como uma sequência nacional da consolidação de um projecto político. Nesse aspecto, tenho alguma expectativa positiva sobre os próximos dois anos.

1 comentário:

Mónica (em Campanhã) disse...

saco de gatos é uma excelente e oportuna imagem