quarta-feira, outubro 24, 2007

As cidades, vistas pelo lado da metáfora

As cidades na sua profusão interior.
É uma metáfora mas deixo-me levar por este pensamento: as pessoas são o lado visível do interior das cidades.
Por exemplo, acordas, e a um palmo de ti,
da tua cara,
tens dois olhos, uma boca, dois ouvidos,
um nariz,
equidestantemente agrupados com a forma que, habitualmente, a geometria facial atribuí a um rosto,
e dizes para ti mesmo,
como se em silêncio velasses uma promessa de uma vida melhor:
tenho o interior de uma cidade deitado na minha cama.

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