Andei todo o dia das avessas. Começou logo de manhã, ao sair para a rua. Não percebi porquê mas pareceu-me várias vezes que ía rebentar. À tarde confirmei com umas amigas, a coisa não estava fácil. Mas ficou melhor, afinal o fenómeno era colectivo. Ao fim da noite sento-me na esplanada depois de um serão emocionalmente muito violento e queixo-me. Ela, especialista nesta coisa de luas, diz, mas claro, está lua cheia. Salvou-me a noite. Vou tentar perder esta mania ateia de cravar os olhos no chão quando a vida me corre para o torto. A partir de agora, mesmo que dê de caras com algum deus desprevenido, vou atirá-los para o céu.
2 comentários:
é verdade, há muitos anos que falo da função utilitária de Deus... tipo Templo Wesleyano...
Há alguns anos ía no Largo do Rato e vi uma criança apontar para o céu e perguntar à mãe:
O que é aquilo?
Aquilo, disse a mãe, aquilo é a Lua cheia.
E o miúdo perguntou: Oh, mãe, e não se faz uma festa?
Pois é amigo, se calhar o nosso calendário de festas anda mal regulado.
Um abraço para ti,
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