Desde miúdo que o meu lugar de viagem é a linha do norte. E sempre de Santa Apolónia para Campanhã, para baixo e para cima. Passando por Coimbra B, onde por vezes me deixava ficar, saboreando a ideia de Mondego que subsiste naquele rio. Aprecio as noites tranquilas do Hotel Astória, a Praça da República, o Gil Vicente. Quando surgiu por isso a Linha do Norte eu tive logo uma predisposição afectiva para este blogue. Ao longo do tempo fui construindo uma amizade com a Mónica, e um dia destapei, com surpresa, debaixo da identidade de H em Santa Apolónia, uma antiga companheira de escrita no DN Jovem. O David não o conhecia mas sempre senti que ficava ali tão bem, entre Helena e a Mónica. Hoje modificaram os nomes e deixaram cair as siglas. Eu sempre gostei muito das siglas atreladas, acasaladas aos lugares. Via atrás delas os nomes deles é certo, mas mais do que isso, via o nome e o lugar. M em Campanhã, H em Sta Apolónia, ou D em Coimbra B, eram para mim nomes inteiros, para serem ditos de uma só vez, com a magia que o lugar empresta àquele que o habita. Para mim nunca foram a M, a H ou o D, que têm nomes grandes, bonitos e que são próprios para serem soletrados de uma só vez. Foram o nome e o lugar. E serão sempre para mim essa ideia magnífica que organizou a construção do blogue, um dos meus lugares de todos os dias. E onde voltarei sempre, muito senhor que sou desta minha blogosfera dos afectos. Mesmo que agora possa ver, a olho nu, aquilo que tinha por um segredo meu.
4 comentários:
mas não perdemos o lugar dos nomes (isto foi só para estrear a nova ID na tua caixa de comentários)
Bemvindo às nossas estações afectivas. Há agora um copo disponível para beber em Coimbra B.
Falto eu...já estavas, faltava mesmo era colocar o placar.
brindo a isso, às estações afectivas da linha do Norte :)
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