terça-feira, novembro 06, 2007

A Linha do Norte

Desde miúdo que o meu lugar de viagem é a linha do norte. E sempre de Santa Apolónia para Campanhã, para baixo e para cima. Passando por Coimbra B, onde por vezes me deixava ficar, saboreando a ideia de Mondego que subsiste naquele rio. Aprecio as noites tranquilas do Hotel Astória, a Praça da República, o Gil Vicente. Quando surgiu por isso a Linha do Norte eu tive logo uma predisposição afectiva para este blogue. Ao longo do tempo fui construindo uma amizade com a Mónica, e um dia destapei, com surpresa, debaixo da identidade de H em Santa Apolónia, uma antiga companheira de escrita no DN Jovem. O David não o conhecia mas sempre senti que ficava ali tão bem, entre Helena e a Mónica. Hoje modificaram os nomes e deixaram cair as siglas. Eu sempre gostei muito das siglas atreladas, acasaladas aos lugares. Via atrás delas os nomes deles é certo, mas mais do que isso, via o nome e o lugar. M em Campanhã, H em Sta Apolónia, ou D em Coimbra B, eram para mim nomes inteiros, para serem ditos de uma só vez, com a magia que o lugar empresta àquele que o habita. Para mim nunca foram a M, a H ou o D, que têm nomes grandes, bonitos e que são próprios para serem soletrados de uma só vez. Foram o nome e o lugar. E serão sempre para mim essa ideia magnífica que organizou a construção do blogue, um dos meus lugares de todos os dias. E onde voltarei sempre, muito senhor que sou desta minha blogosfera dos afectos. Mesmo que agora possa ver, a olho nu, aquilo que tinha por um segredo meu.

4 comentários:

Mónica (em Campanhã) disse...

mas não perdemos o lugar dos nomes (isto foi só para estrear a nova ID na tua caixa de comentários)

David (em Coimbra B) disse...

Bemvindo às nossas estações afectivas. Há agora um copo disponível para beber em Coimbra B.

Helena (em stª Apolónia) disse...

Falto eu...já estavas, faltava mesmo era colocar o placar.

JPN disse...

brindo a isso, às estações afectivas da linha do Norte :)