terça-feira, fevereiro 26, 2008

Publicar/Rejeitar

O meu editor do Blogger é um sujeito cheio de atributos. É dos poucos estrangeiros não ucranianos que se esforça por falar e escrever correctamente em português. Para além de outras qualidades é também um sujeito sensível e delicado. Apercebi-me disso quando acedi à moderação de comentários. O que quer dizer que quando alguém deixa um comentário no blogue ele retem-no e pergunta-me se é para publicar ou se é para rejeitar, omitindo a palavra censura do seu vocabulário. Eu fico-lhe grato durante uns instantes. Poucos. Só até um amigo chegar à caixa de comentários e lamentar que eu lhe tenha censurado o comentário. E eu que pensava que só tinha rejeitado a sua publicação. Tinha-o feito por razões que me são próprias, um blogue é a minha casa e na minha casa há regras mínimas - que eu aliás já tinha explicado anteriormente a esse meu amigo - e uma dessas regras é não virem a minha casa meterem-se com outros meus amigos. Na blogosfera não existem sem-abrigos e cada um pode criar a sua casa ou até ir directamente a casa de cada um dizer-lhe o que pensa. O comentário que rejeitei, admitindo que o entendam como censura, não era nem ofensivo, nem calunioso, nem injurioso, e não era mais do que a repetição recorrente de um certo tipo de argumentos que, independentemente de para eles não ter mais pachorra, já deixei que fossem publicados sem nenhum tipo de filtro. E que não me apetecia que ficassem ali, naquele post exacto. Não creio que se tenha perdido nada para a liberdade de expressão (esse meu amigo tem um blogue) e por outro lado tenho a certeza de que o post ficou muito mais como eu o queria. Parece-me bem isso.

6 comentários:

Rui Mota disse...

Também existem uns lápis azuis. Posso oferecer-te um.

JPN disse...

Canetas, lápis multicolores, borrachas, afiadores.Tocaste-me na alma, conheces-me a perdição. Não terás também por acaso, para condizer, um daqueles estojos de madeira, dos do "antigamente"?

Rui Mota disse...

No tempo dos estojos de madeira, as pessoas sempre eram mais corajosas. Algumas chegavam a ir presas. Sorte a tua...

JPN disse...

Pois é. E depois admiras-te que eu por vezes perca a pachorra com os teus argumentos. É claro, por falta de coragem...terá se ser...

:)

Rui Mota disse...

Tu o disseste: por falta de coragem. Nem mais. São assim, os "lambe-botas".

JPN disse...

No final do meu comentário anterior ía colocar: " pelo caminho que isto leva resta saber agora quem é que é o primeiro a insultar o outro". Depois apaguei-o. Era uma delicadeza que eu te concedia, sabia que ías ser tu a cometer tal valentia.
:)