O meu editor do Blogger é um sujeito cheio de atributos. É dos poucos estrangeiros não ucranianos que se esforça por falar e escrever correctamente em português. Para além de outras qualidades é também um sujeito sensível e delicado. Apercebi-me disso quando acedi à moderação de comentários. O que quer dizer que quando alguém deixa um comentário no blogue ele retem-no e pergunta-me se é para publicar ou se é para rejeitar, omitindo a palavra censura do seu vocabulário. Eu fico-lhe grato durante uns instantes. Poucos. Só até um amigo chegar à caixa de comentários e lamentar que eu lhe tenha censurado o comentário. E eu que pensava que só tinha rejeitado a sua publicação. Tinha-o feito por razões que me são próprias, um blogue é a minha casa e na minha casa há regras mínimas - que eu aliás já tinha explicado anteriormente a esse meu amigo - e uma dessas regras é não virem a minha casa meterem-se com outros meus amigos. Na blogosfera não existem sem-abrigos e cada um pode criar a sua casa ou até ir directamente a casa de cada um dizer-lhe o que pensa. O comentário que rejeitei, admitindo que o entendam como censura, não era nem ofensivo, nem calunioso, nem injurioso, e não era mais do que a repetição recorrente de um certo tipo de argumentos que, independentemente de para eles não ter mais pachorra, já deixei que fossem publicados sem nenhum tipo de filtro. E que não me apetecia que ficassem ali, naquele post exacto. Não creio que se tenha perdido nada para a liberdade de expressão (esse meu amigo tem um blogue) e por outro lado tenho a certeza de que o post ficou muito mais como eu o queria. Parece-me bem isso.
6 comentários:
Também existem uns lápis azuis. Posso oferecer-te um.
Canetas, lápis multicolores, borrachas, afiadores.Tocaste-me na alma, conheces-me a perdição. Não terás também por acaso, para condizer, um daqueles estojos de madeira, dos do "antigamente"?
No tempo dos estojos de madeira, as pessoas sempre eram mais corajosas. Algumas chegavam a ir presas. Sorte a tua...
Pois é. E depois admiras-te que eu por vezes perca a pachorra com os teus argumentos. É claro, por falta de coragem...terá se ser...
:)
Tu o disseste: por falta de coragem. Nem mais. São assim, os "lambe-botas".
No final do meu comentário anterior ía colocar: " pelo caminho que isto leva resta saber agora quem é que é o primeiro a insultar o outro". Depois apaguei-o. Era uma delicadeza que eu te concedia, sabia que ías ser tu a cometer tal valentia.
:)
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