Nos dois posts anteriores tentei deixar algumas pistas: a primeira, a de que a dificuldade da tarefa educativa está associada à forma como uma determinada comunidade estabilizou não só o que projecta ser, também o que espera que cada indíviduo faça para esse objectivo, e por fim, o conjunto de conhecimentos e valores necessários para capacitar os indíviduos para os atingirem. A segunda, a de que a única escola pública estável que até agora conhecemos foi a do Estado Novo e que isso se deveu a condições, como o autoritarismo de Estado, que a maior parte de nós não consegue reconhecer como condições positivas. E a terceira, a de que a interiorização do paradigma da mudança que resultou da efervescência social que vivemos no período subsequente ao 25 de Abril, talvez nos tenha, involuntariamente, ajudado a adaptar à avalanche de mudança em que hoje vivemos. Vou tentar, nos posts seguintes, reflectir sobre a escola, enquanto lugar onde a comunidade focaliza a tarefa educativa. Pelo menos quando fala de crise da educação ou dos péssimos resultados no ensino.
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