Por um acaso do destino dei hoje por mim, ao subir do elevador da glória, a pensar no que serei daqui a dez anos. 10 anos parece-me bem como projecção. Além de que é bem melhor do que nunca mais. A meio da ladeira já me tinha esquecido do motivo desta viagem. Especulava antes sobre que cidade estará cá daqui a dez anos. Aquele elevador, aguentará ainda? E o céu? Será azul? Estarei cá daqui a dez anos? E a fazer o quê? Imagino o meu filho daqui a dez anos. Se tudo correr bem ele estará dez anos mais velho e eu a fazer tudo por tudo para me sentir dez anos mais novo. Viveremos os dois ainda na cidade? Ou estaremos finalmente a realizar os nossos sonhos por esse país adentro? Vejo-a a cantar. A fazermos teatro, por aí, onde calhar. Vejo poemas a nascerem das árvores. No outro dia imaginei um cenário para o nosso espectáculo. Está-me a apetecer ser feliz.
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