terça-feira, novembro 25, 2008

Desenraízado

Gostava de poder amar verdadeiramente.
Gostava que os meus sentimentos fossem cristalinos como a água transparente dos regatos da serra fria.
Que eu soubesse verdadeiramente o que sou, o que sinto.
Não sei. Faço aproximações no escuro.
Deseduco-me.
Desenformo-me quanto posso.
Arrenego o poder quando o sei perto de mim.
É tão pouco.
Gostava de poder amar verdadeiramente o mundo, as pessoas, as coisas.
E que o amor me parecesse assim tão fácil e tão natural como quanto te arranco a raíz com a minha boca e faço dela - da proclamação do nosso amor - um país meu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não a faças país teu, mas o teu mundo.