Ando entre cá e lá, dentro deste país do Eça. Na sala de espectáculo o Ramalhete, o palacete dos Olivais, o Teatro da Trindade. O Carlos da Maia, a Maria Eduarda, o Ega, o Afonso e o Pedro da Maia, o Guimarães, o Tomás de Alencar, o Dâmaso de Salcede. Um Portugal sem futuro, de braços cruzados, a gastar-se em viagens, saraus e jogos de sedução e adultério. Cá fora esta ideia de crise. Crise financeira. Crise política. Ouço do lado de fora as vozes que me chegam do atelier de costura, uma, então a fábrica das agulhas fechou?, outra, era alemã, acho que não tinham vendas, ainda uma outra, temos de poupar, risos, pego no jornal Público, não na "Corneta do Diabo", e fico-me a fazer contas. Ao Eça, a nós, à nossa vidinha.
1 comentário:
Senhor
Solicito autorização para incluir seu belo trabalho no link do Espaço Mensaleiro.
Tenho por norma pedir autorização.
Muito obrigada.
elianageraniohonorio@gmail.com
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