segunda-feira, fevereiro 23, 2009

O nosso lugarzinho

Depois das ante-estreias de 20 e 21 e da participação a 27 no fim de semana ibérico na Guilherme Cossoul, estreia a 6 de Março o espectáculo Um Lugarzinho no Céu. Motivo também para uma ausência mais prolongada na blogosfera. Ontem, depois da apresentação, fizémos uma tertúlia dedicada ao RefugiActo (moderada pelo jornalista Nuno Ramos de Almeida). Falaram várias pessoas que se cruzaram com o grupo, como o Miguel Castro Caldas, a Ana Cristina Santinho, a Sofia Cabrita, a Isabel Galvão e a Valentina. A ideia surgiu porque o Refugiacto, um grupo que é uma família reunida em trono do teatro, nos ajudou a traduzir um texto (um telefonema que Mirov, ucraniano faz para a sua mulher em Kiev) e daí nasceu esta amizade entre grupos. Ontem na tertúlia fiquei com uma frase tão simples de um refugiado do Yémen. Antes o Miguel Castro Caldas tinha dito que uma das coisas com que se tinha deparado era a de que a realidade do refugiado, ao contrário do que ele pensava, era que eles eram pessoas com vidas iguais às de todos nós. Este refugiado do Yémen(que eu curiosamente tinha conhecido há cinco anos, quando ele não falava nada de português e estava cá há meia dúzia de dias, ainda sem visto) explicou porque tinha emigrado: o facto de eu ter uma filha fez com que eu quisesse viver mais um bocadinho e por isso vim para aqui, para este país, para tentar viver mais um pouco, para ela poder ter o seu pai vivo. É uma experiência brutal a que ele, com grande naturalidade, partilhou ali.

3 comentários:

CCF disse...

Que bom! Desaparecer por este motivo tem perdão! E quanto tempo fica em cena?
~CC~

CCF disse...

Que bom! Desaparecer por este motivo tem perdão! E quanto tempo fica em cena?
~CC~

Joaquim Diabinho disse...

Parabéns, Joaquim! Como ainda não vi a peça...dou-te depois os "outros"... parabéns! Abraço grande