a minha vida,
como se ele fosse um espelho, onde prevejo o futuro que já não tenho,
uma caixa onde está a minha vida, toda a minha vida, a que já foi, a que virá.
E antes que me perguntes
pelo meu silêncio,
nos dias que ando para escrever o amor que sinto por ti,
é o medo da vulgaridade que me sustém
como se eu não pudesse mais pensar no amor sem sentir a cobra, um fogo entre
as pernas. Na forma como tu és para mim e dentro de mim.
Pensei apenas naquele sabor doce com que mordisco e mastigo uma e outra e outra e outra e ainda outras milhares de vezes, o pequeno grão que exuberantemente se constitui alimento do meu próprio corpo, da minha própria vida.
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e e e e
[depois de responder a um quiz sobre que companhia de teatro és tu (artistas unidos, voilá Jorge!) em que sobre o amor a opção irrecusável era, " o amor é o contrário de estar morto"]
1 comentário:
"Ficarei para sempre ligada a ti,
o meu corpo escaldante na minha forma nua,
como o dia ao sol e a noite à lua."
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