segunda-feira, março 08, 2010

Gatos no quintal

Ontem a certa altura lembrámo-nos deles. Tivémos saudades do Pretinho, do Risquinhas, do Mariquinhas, foi assim que o meu filho os nomeou. As nossas estratégias para conseguir que aquele quintal se transformasse a maternidade preferida daquela mãe gata foram de marketing aguerrido. Eu depois acabei por ter uma relação ambivalente com eles. Foram uma espécie de brinquedo. Quando me começaram a ter medo, quando percebi que nunca mais os iria ter no meu colo, desinteressei-me deles. Ela não. Ela tratou deles como se fosse uma guardiã. Toruxe o veterinário ao quintal, dáva-lhes os remédios misturados com comidas mais apetitosas e atraentes, chamava-os com voz baixinha. Eu tinha ciúmes mas ao mesmo tempo gostava do afecto que eles lhe dedicavam. Os gatos são inteligentes, sensíveis. Gostei de conviver com eles. Tanto que ontem suspirámos os dois: onde estarão eles, os nossos Risquinhas, Mariquinhas e Pretinho?

1 comentário:

Daisy disse...

Que pena não ter continuado com eles! Iria gostar ainda muito mais de gatos. Eles não são só inteligentes e sensíveis... são grandes professores, os gatos - ensinam-nos coisas que nenhum ser humano é capaz. E o fedor... é só uma questão de esterilização/castração (bom, em relação aos vadios do quintal é mais difícil). Mas vá por mim: deixe entrar os gatos na sua vida, na sua casa e no seu coração!
Conselho de uma ailurófila.