Não partilho apenas de um aspecto:a pertinência das criticas em relação ao funcionamento da justiça, perde relevância critica quando diz que "os cidadãos passam a ser julgados nas páginas do Sol e quejandos". Enquanto continuarmos a ter o jornalismo como uma actividade fundamental para a nossa participação na vida cívica e política, também assim deveremos considerar o trabalho d ' O Sol. Sem prejuízo de que, ao lermos o semanário, percebamos que aquele lastro de cultura anti-poder que muitos jornalistas julgam ser tónico energético para um jornalismo aguerrido, teve uma mutação genética e passou a lastro de cultura anti-Sócrates. E, consequentemente, embora menos, a alguma cultura anti-Governo, e, menos ainda, a uma cultura anti-PS. E mesmo ainda que percebamos que muitas vezes pareça que o fluxo informativo veiculado pelo semanário necessita da nossa prévia condenação para poder valorizar o que está escrito (o que é um risco que afecta igualmente o jornal porque pode produzir o efeito contrário). O problema é muito maior do que o denunciado pelo Garcia Pereira: não é nas páginas dos jornais que os cidadãos passam a ser julgados. É na praça pública. O que pode parecer o mesmo. Mas não é.
Sem comentários:
Enviar um comentário