É algo reconfortante que as palavras mais humildes vindas do coração da Igreja tenham vindo de Lisboa, de D. Policarpo. Esperemos por isso que o pregador do Vaticano, o único que detém o privilégio de falar para o Papa, não seja o único a quem o Papa ouve. Ou que reproduza o que o Papa gostaria de poder dizer, se não fosse o chefe do Vaticano. É importante no entanto percebermos que, para todos nós, crentes e não crentes, o que está verdadeiramente em causa para o papel da Igreja no mundo não são os crimes de pedofilia praticados pelos seus representantes na comunidade, sim a forma como a ICAR os silenciou, encobriu, camuflou ou relativizou.
É claro que por arrasto estará também tudo em causa principalmente a forma como não percebeu que o espartilho da não sexualidade - já para não referir o da não conjugalidade - imposto aos seus representantes da comunidade, não sendo mais sustentável na sociedade do século XXI, coloca os padres numa posição de grande fragilidade em relação ao mundo sobre o qual oram. A própria comunidade católica, apostólica e romana - feita de homens e mulheres comuns - também já vive a sua sexualidade de uma forma completamente diferente.
Ler aqui, no Jumento, Dia do Judeu.
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