terça-feira, março 20, 2007
Desaparecer para dentro das nossas vidas
Esta ideia de desaparecermos para dentro das nossas vidas agita-me. No outro dia uma amiga cruzou-se comigo:
-Não nos vamos perder por aí, está bem?
E eu disse-lhe que sim. Mas não, perdemo-nos mesmo. Encontramo-nos no Pingo Doce, na Esplanada, no teatro, mas perdemo-nos mesmo, por aí. Desaparecemos por dentro das nossas vidas. Fecho os olhos. Por um breve momento dedico-me ao Luis Miguel, à Ana, à Amélia, ao Pisco, à Emília, ao Beato, à Celeste, traço o meu monumento aos desaparecidos, desde a infância até ontem.
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