sábado, março 31, 2007

João Brites pela Sarah

A Sarah Adamopoulos publicou online a entrevista (fotos de Pedro Azevedo) que fez a João Brites, encenador, cenógrafo, professor, fundador do Teatro O Bando, cuja direcção integra desde o início. A entrevista começa pelo rememoriar da primeira ligação que João Brites teve com o teatro, ainda na infância:
"Lembro-me de fazer umas peças radiofónicas, com os meus pais e com uns amigos. Esse teatro tinha a ver com a oposição de consciência que era feita ao regime, à época, em minha casa. A última dessas peças que fizemos foi "Os Justos", do [Albert] Camus. Nós líamos, tentando interpretar, e depois pegávamos num gravadorzito e gravávamos aquilo. Fazíamos a sonoplastia também, a porta, os passos. Cheguei mesmo a fazer um microfone, artesanalmente, com carvão, lembro-me da minha avozinha achar aquilo muito estranho, aquilo de eu fazer falar a minha voz na rádio. Eu fazia aquilo com um fio e com uma caixa de queijo Tigre, e depois punha esses carvõezinhos nuns buraquinhos, e ligava aquilo tudo a uma pilha de 4 volts e meio. E então nós falávamos para a caixa, e a voz aparecia na rádio. Sempre tive esse lado engenhocas, talvez influenciado pelo meu padrinho, que não era mas parecia um engenheiro de profissão. Lembro-me também de uns textos de cordel, que fazia com os meus primos, isso mais cedo na minha infância. Arranjávamos esses textos, que apareciam nuns folhetos pequeninos, que tinham meia-dúzia de folhas, num papel esverdeado, e montávamos uma cena em casa onde fazíamos essas pequeninas peças cómicas. Nessa altura não havia televisão, e por isso nós éramos levados a fazer determinado tipo de jogos para passar o tempo."
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2 comentários:

Anónimo disse...

Caro JPN nenhum dos seus emails funciona. Algo está errado. :-(

JPN disse...

pois está, vou corrigir. é ponto gmail.com sim.