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Cada um de nós como uma viagem.
Lembro-me muitas vezes de estar com a Zé a ouvi-la falar sobre a Patagónia. Eu ficava completamente preso áqueles relatos fantásticos sobre as milongas, sobre os desconhecidos nos lugares sem fim e, invariavelmente, quando lhe dizia,
para o próximo ano também vou,
ela respondia-me,
eu gosto muito de te ouvir falar das viagens que fazes aí dentro mas deves começar a viajar mais para fora.
Eu concordava claro. E assentava num livrinho de capa preta esse objectivo. Lembro-me disso agora em que penso na forma como cada pessoa entra na minha vida, da forma como a acolho. Necessito de uma adenda. É que por vezes ouvir-te falar sobre o que és tu, a tua vida, é tracejar numa folha imaginária um mapa de uma cartografia tão rica como a dos lugares físicos deste mundo.
2 comentários:
belo, belo.
Na tua adenda há um espaço só meu, onde escrevo emoções e silêncios rasgados por um riso na noite; onde a vida se reinventa em cada segundo de partilha; onde as palavras às vezes são demais, mas quase sempre de menos para descrever a imensidão que sinto em mim... e que és tu!
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