domingo, abril 01, 2007
A Boytchévia
A Fernando Mora Ramos não lhe bastou o divertimento de nos ter trazido este O Coronel Pássaro, de Hristo Boytchev. Embrenhou-se também pelos lugares sem fim da Boytchévia, armou-se dos seus conhecimentos de boytchévio moderno e adaptou e traduziu o texto de Ebvrio Zurzirc. Escritor que, como reza este pedaço de biografia autorizado " desde os seus inícios que, logo que largou a chucha, fez de tudo pra se safar: moço de recados, torneiro mecânico, guardador de rebanhos, finalmente cursando o mar na hora adulta, tendo dobrado duas vezes a boa esperança. O Índico, o Atlântico, de Bijagós a Nacala, passando por Salvador, não encerram primeiros segredos para Ébvrio. Entrementes começou a falar com os deuses e amigou-se das estrelas. Tornou-se mesmo aluado e em noites de lua cheia tem crises verbais. Esta circunstância, de que não é responsável, mistura de coisa genética - a mãe parece que sofria do mesmo falando a torto e a direito, tanto lhe fazendo com pessoas ou paredes - e predestinação, levou-o a construir uma extensa obra, em torno de uma forma que o grande Pacheco apelidou de textículos, palavras de ambiguidades seminais óbvias."
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