Da interpelação de Ana Drago ao Ministro da Cultura feita na passada 2ª feira. Assunto irrelevante. Um extraterreste que pousasse no nosso país se avaliasse a coisa pelo impacto das notícias deduziria que os temas importantes da cultura portuguesa na reentré tinham sido o ping-pong entre José António Pinto Ribeiro e Carlos Fragateiro. Os zero vírgula dois por cento, esse orçamento de e da vergonha para um governo cuja base de eleitorado é o Partido Socialista será, no espaço público, totalmente engolido pela entrada triunfal, já anunciada para 1 de Outubro, de Diogo Infante no Teatro Nacional D. Maria II. Esta é a reentré cultural num país de cafres, diria Eça, de filhos da puta, acrescentaria Alberto Pimenta. Como é possível termos chegado aqui? Ainda me lembro de Manuel Maria Carrilho ter saido de ministro porque Guterres se esqueceu da promessa eleitoral de 1% para a Cultura. Com duzentos milhões e meio de euros para gerir talvez seja desperdício ter um ministro. Um director-geral dava bem conta do recado.
quinta-feira, setembro 18, 2008
Orçamento da Vergonha: 0,2%
".../...Com efeito, desde 2001 a percentagem do Orçamento de Estado atribuída à cultura tem vindo a reduzir-se consecutivamente, passando dos cerca de 0,7%, verificados nesse ano, para 0,2% em 2008. Uma redução, portanto, para menos de metade do já de si escasso financiamento do sector, o que contraria claramente a promessa eleitoral do Partido Socialista, que no seu Programa de Governo assumiu o compromisso de, "em matéria de financiamento público da cultura", "reafirmar o sector como prioridade na afectação dos recursos disponíveis", estabelecendo "neste sentido, a meta de 1% do Orçamento de Estado dedicada à despesa cultural", como "referência de médio prazo" necessária a "retomar a trajectória de aproximação interrompida no passado recente."
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