terça-feira, fevereiro 13, 2007

Um amor em transformação

Quando Joaquim Diabinho se apaixonou por Anne Wiazemsky, esta fixação "em Anne obrigou-o a ver Au Hasard Balthazar, Teorema de Pasolini, Rendez-Vous, (de Téchinè) vezes sem conta." E isto que leio num blogue chamado Esculpir o tempo, ouço-o primeiro por cima do ombro, ele é meu colega de trabalho. E quando ele mo diz, é já um homem de cinquenta anos. Na altura Anne Wiazemsky tinha dezoito anos e representava o papel de uma adolescente. O Joaquim tem catorze, por isso apaixonou-se por uma rapariga um pouco mais velha do que ele. E pela vida fora nunca mais se separou, virtualmente, deste amor por ela e muito especialmente por Marie. Eu provoco-o, como é que hoje aos cinquenta justificas que continuas a sentir-te apaixonado por essa adolescente de Au Hasard Balthazar?. Saímos os dois para o café entretidos nisto, a divagarmos sobre o trabalho não só que o tempo faz em nós, também a esse esculpir do amor em transformação.

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